Desde o workshop pan-amazônico em maio, a equipe do UF GIA tem trabalhado com parceiros em grupos de trabalho regionais e temáticos para concluir uma série de produtos e planejar as próximas etapas. Nesta edição do Boletim GIA, lançamos o Relatório Final do Projeto GIA: Síntese de Lições e Recomendações para Governança de Infraestrutura.
Também compartilhamos os princípios orientadores que estamos usando para desenvolver projetos futuros para possível financiamento, em colaboração com parceiros acadêmicos, de base e ONGs do GIA em nossos mosaicos focais e em nossa rede pan-amazônica. Por fim, fornecemos um link para o portfólio de produtos concluídos e sendo concluídos no site do GIA. Feliz leitura!
Na recente Oficina Pan-Amazônica do GIA, a CoP-A Alto Madeira organizou o Painel 2: Gestão do conhecimento: pesquisa aplicada para fortalecer a participação das comunidades na governança da infraestrutura. Nesta 14ª edição do boletim informativo do GIA, apresentamos o II Carretón del Conocimiento (Intercâmbio de Conhecimento) na Bolívia, que foi um momento chave de troca de conhecimento e entrega de resultados relevantes do GIA com as comunidades locais no Alto Madeira e discussão de possíveis próximos passos. Boa leitura!
RELATÓRIO FINAL DO PROJETO GIA:
SÍNTESE DE LIÇÕES E RECOMENDAÇÕES PARA GOVERNANÇA DE INFRAESTRUTURA
O relatório começa com uma panorama breve do projeto GIA e o modelo conceitual “business as usual” que mostra como os proponentes da infraestrutura controlam o planejamento e a implementação da infraestrutura sem a participação adequada das pessoas que são diretamente impactados. Em seguida, apresentamos nossa teoria de mudança para a governança socioambiental da infraestrutura, baseada na colaboração efetiva entre organizações de base, ONGs e academia em estratégias de produção e comunicação de conhecimento para influenciar a tomada de decisões jurídicas e políticas. Acesse o relatório aqui.
O GIA demonstrou a importância de fornecer informações e desenvolver capacidades que as organizações parceiras possam incorporar em suas estratégias de governança de infraestrutura. Aprendemos a basear este trabalho em:
- envolvimento da comunidade, desde a definição de tópicos de pesquisa até a coleta e análise de dados.
- reconhecimento e respeito por ontologias, epistemologias, tempo e conhecimento dos grupos de base.
- autonomia da comunidade e co-propriedade de produtos de pesquisa.
A GIA identificou as seguintes estratégias como oportunidades chave para melhorar a governança da infraestrutura:
- continuar a disseminação de produtos de conhecimento já produzidos, mas não amplamente acessíveis.
- expandir o uso de estratégias de comunicação novas e inovadoras para impacto político.
- engajar estrategicamente com públicos mais amplos, como igrejas, legislaturas, agências governamentais, o setor privado e investidores.
- aprofundar a aplicação de ferramentas legais e judiciais, incluindo protocolos para consentimento livre, prévio e informado.
Para maximizar nosso impacto na governança da infraestrutura, precisamos buscar sinergias entre escalas, ou seja, o trabalho contínuo do GIA com organizações de base, ONGs e academia em escala local e regional, que complementa a defesa de políticas e os esforços de transparência em níveis nacional e internacional.
O conjunto de alunos de graduação da UF acima, com profundas experiências pessoais e relacionamentos na região amazônica, foi o fator chave para a construção da rede GIA, facilitando o diálogo e a reflexão com os parceiros, e a análise e redação de produtos GIA. A continuidade do GIA depende da manutenção da rede existente e de um novo grupo de alunos. Parte do nosso desafio de arrecadação de fundos é poder apoiar novos alunos da região amazônica – tanto na UF quanto em universidades parceiras.
——— PLANO DE SUSTENTABILIDADE DA GIA ———-
A estratégia de arrecadação de fundos da GIA para continuar e expandir nosso trabalho colaborativo é adaptativa, modular e colaborativa:
- explorar uma gama de possibilidades e construir sobre o sucesso (adaptativo).
- projetos focados em regiões e temas específicos, complementados por um projeto pan-amazônico integrativo (modular).
- desenvolvido com e para parceiros, com financiamento e responsabilidades compartilhados (colaborativo).
O projeto GIA surgiu do programa de Conservação e Desenvolvimento Tropical da UF, e a abordagem do GIA é aplicável a outras regiões e a temas mais amplos relacionados à justiça socioambiental, desenvolvimento sustentável, mudança climática e sconservação biocultural. Os principais elementos da abordagem do GIA que orientarão o trabalho futuro são:
- Usando Teoria da Mudança para focar a reflexão e a análise de resultados e para medir os resultados sistematicamente.
- Uma rede integrada de organizações de base, ONGs e universidades parceiras – dentro e entre as regiões.
- Envolva alunos da região amazônica na UF, e complementa com um grupo de alunos e professores em universidades amazônicas.
- Orientado para a ação, atendendo às necessidades dos parceiros.
- Uma estratégia integrada que combina conhecimento, comunicação e colaboração.
A diagrama de rede GIA acima mostra os diferentes grupos e escalas onde a UF e os parceiros estão desenvolvendo projetos de acordo com prioridades, interesses e oportunidades específicas:
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Colômbia: foco na colaboração intercultural e formação de uma nova geração de líderes comunitários.
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Brasil: foco em estratégias legais e judiciais que apóiem a participação de organizações de base na governança.
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Alto Madera: usando conhecimento e comunicação para influenciar a governança.
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Grupo de comunicação: usando abordagens inovadoras para influenciar o comportamento político e os tomadores de decisão.
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Nossa rede pan-amazônica permitirá o aprendizado e a troca contínuos sobre todas essas estratégias e abordagens em todas as regiões.
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Convidamos e solicitamos que todos os parceiros do GIA se juntem e apoiem esta estratégia de arrecadação de fundos. Entre em contato conosco se tiver ideias, propostas ou oportunidades que possamos buscar juntos.
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