Terras indígenas e comunidades tradicionais cobrem 25% da Bacia Amazônica. A proteção efetiva dessas terras, como complemento aos 25% adicionais que foram designados como áreas de conservação, é amplamente reconhecida como essencial para enfrentar os desafios interligados das mudanças climáticas, perda de biodiversidade e justiça socioambiental (veja o Painel de Ciências da Amazônia Capítulo 31).
Historicamente, temos provado ser os protetores mais eficazes dessas paisagens, mas não podemos continuar a fazê-lo sem apoio. A urgência das mudanças climáticas e da perda de biodiversidade, incluindo a diversidade biocultural de quem vive na Amazônia, exige uma parceria global para enfrentar essa crise/catástrofe climática.
Povos indígenas e comunidades tradicionais são interdependentes com nossos territórios: “Não existimos sem nossos territórios”. E nossos territórios são críticos para o funcionamento de todo o sistema terrestre. Assim, “precisamos construir juntos o futuro do planeta”. “Sem nós, não há ninguém para defender a Mãe Terra.”
Organizações de povos indígenas e comunidades locais da Bacia Amazônica e de outras regiões se uniram para articular essa visão de como podemos responder e contribuir para a proteção de 30% da terra e da água doce do planeta.
Essas ideias foram apresentadas inicialmente na Conferência Vozes da Floresta da Universidade da Flórida em fevereiro de 2022. O vídeo de 5 minutos resume os principais momentos desse diálogo de conhecimento.