Estratégia e Ferramentas

Embasados em diálogo e reflexões com 55 organizações participantes do GIA sobre suas estratégias de conservação com relação a projetos de infraestrutura em quatro regiões, o GIA produziu uma avaliação preliminar da eficácia de diferentes estratégias de conservação. Descobrimos que as seguintes abordagens, especificamente destinadas a reduzir as desigualdades de energia que caracterizam o planejamento e implementação de infraestrutura de negócios como o de costume, oferecem oportunidades promissoras para influenciar positivamente a governança da infraestrutura:

  • Estratégias integradas de conservação (incorporando comunicação e protesto, aplicação da lei e abordagens políticas e legais) voltadas para a mobilização e negociação política.
  • Potencial sinergias entre organizações de base e outros tipos de organizações.
  • Ações complementares de conservação, como pesquisa e capacitação, que apóiem e fortaleçam as estratégias de conservação listadas anteriormente.

Faça download do Relatório de Ferramentas e Estratégias e do Infográfico abaixo:

Ação Legal Não Criminal

Intitulada “Ferramentas Legais”, a estratégia de conservação 4.3 tem por objetivo geral o empoderamento de atores locais em defesa dos seus direitos humanos e territoriais ameaçados por empreendimentos de infraestrutura. A estratégia utilizada de forma demonstrativa na primeira fase e ampliada na segunda fase do projeto, pelo potencial de alcance e efetividade à Comunidade de Prática (CoP) GIA.

O Grupo de Trabalho (GT) é liderado pela UF, pelo IEB e pela Clínica Jurídica da Faculdade de Direito da UNIR, mas está aberto a outros participantes interessados no tema.

Por meio de ferramenta simples e de fácil acesso, as organizações e lideranças das populações indígenas e povos tradicionais poderão instrumentalizar sua capacidade de ação jurídica, meios de prova, escolha de estratégias e instrumentos legais.

Essa etapa do projeto englobará: (i) discussões teóricas e exemplos práticos para nivelamento do conhecimento do grupo e (ii) levantamento de legislação internacional e nacional e outras ferramentas legais de governança em infraestrutura.

Em seguida, o GT analisará a convergência das estruturas legais e as questões jurídicas frequentes, e disponibilizará em um Repositório virtual:

  • a legislação internacional e brasileira;
  • as ações judiciais em instâncias/organismos nacionais e internacionais;
  • um banco de petições/checklist de provas.

Ademais, serão desenvolvidas atividades de capacitação e ferramentas de comunicação para empoderamento de atores locais, como videos e flyers.  Por fim, uma Plataforma de ensino-aprendizagem permitirá a troca de experiências e a expansão do modelo a outros países na CoP GIA.

Sensibilização

A estratégia de conservação 3, que inclui comunicações e protestos, foi identificada como um elemento-chave de estratégias de conservação bem-sucedidas para promover a governança da infraestrutura. Estamos formando um Grupo de Trabalho para realizar estudos de caso, desenvolver capacidades e aprender como aplicar de forma mais eficaz essa estratégia.

Para compreender melhor o impacto das estratégias de comunicação, o GIA focou em experiências de comunicação inovadoras (oficinas, diálogos, podcasts, estações de rádio e outras mídias) usadas pelas organizações parceiras do GIA que incluem ONGs, organizações de base, organizações da sociedade civil e grupos indígenas para participar de um estudo preliminar. O objetivo inicial era gerar, em conjunto com os parceiros, informações sobre estratégias de comunicação inovadoras praticadas por essas organizações e que tivessem potencial para se traduzir em ações e transformação dos processos de governança de infraestrutura em suas regiões.

A avaliação rápida das estratégias de comunicação utilizadas por 14 organizações parceiras sintetizou especificamente informações sobre os objetivos da estratégia, o público-alvo, os instrumentos, as ações, os impactos desejados e os fatores limitantes e facilitadores da eficácia da estratégia.

De forma complementar, quatro espaços de reflexão (mesas redondas uma em cada mosaico focal e outra convocando todos os parceiros) foram organizados entre dezembro de 2020 e abril de 2021 com organizações parceiras do GIA.

O processo de avaliação permitiu que os parceiros refletissem sobre suas próprias estratégias, seu nível de inovação e impacto desejado, os pontos fortes dessas estratégias que contribuem para sua eficácia e os fatores limitantes expostos. As palestras proporcionaram um espaço para a troca de experiências inovadoras e o diálogo sobre objetivos comuns de advocacia política.

Os resultados dessas atividades foram resumidos em dois produtos interativos:

Infográficos –acesse aqui ou clique na imagem

ArcGIS Story Mapas – -acesse aqui ou clique na imagem

Escreva as suas reflexões sobre esses dois produtos em nossa página de intercâmbio de conhecimento, clique aqui

Aceitamos contribuições de experiências e lições relevantes e convidamos participantes do GIA que estejam interessados em se juntar a qualquer um desses grupos de trabalho.

Análise de Atores Sociais (stakeholders)

Professores Coordenadores: Simone Athayde, Robert Buschbacher and Andrea Birgit Chavez.
Alunos / pesquisadores / co-líderes do GIA: Angelica Gouveia Nunes, Alexandra Sabo, Felipe Gutierrez, Juliana Santiago, Marliz Arteaga, Pamela Montero Alvarez, Sinomar Ferreira da Fonseca Junior, and Vanessa Luna Celino.
Parceiros Cecilia Sanjinez (UAP/Bolivia); Daniela Gomes Pinto, Kena Azevedo Chaves and Leticia Ferrero Artuso (FGV/Brazil); Henrique Santiago (WWF/Brazil) and collaborators; and Rodrigo Botero Garcia and Maryi Adriana Serrano (FCDS/Colombia).

O Grupo de Trabalho de Análise de Atores Sociais do GIA se reúne regularmente, desde junho de 2019, e está realizando uma revisão sistemática da literatura sobre análise de atores aplicada à Governança de Infraestrutura na Amazônia, destacando diversos métodos e ferramentas que podem ser usados para identificar, envolver e investigar as relações entre as partes interessadas. Com uma abordagem em correntes teóricas, métodos e ferramentas, esse tipo de análise tem diversas aplicações na governança ambiental, tais como:

a) facilitar o fluxo de informação e colaboração entre atores e projetos participantes do GIA;
b) informar o desenvolvimento de estratégias para buscar e administrar diversos atores sociais no sentido de conciliar conservação e desenvolvimento;
c) gerenciar conflitos;
d) facilitar a comunicação e a implementação transparente das decisões; e
e) compreender o contexto da política e avaliar a viabilidade das opções de política.

GIA Stakeholder Analysis Working Group

Grupo de Trabalho de Análise de Partes Interessadas GIA

O processo de aprendizagem colaborativa desenvolvido inicialmente entre professores e alunos do GIA foi expandido para a cooperação com parceiros do GIA nos mosaicos focais na Bolívia, Peru, Colômbia e Brasil, além de um estudo de caso na barragem hidrelétrica de Belo Monte. Este grupo ampliado está trabalhando em um e-book ilustrado a ser publicado em inglês, espanhol e português no segundo semestre de 2020, com o acompanhamento de materiais on-line e webinários. Este livro incluirá: um artigo de revisão de literatura junto com uma coleção de métodos e ferramentas; e cinco estudos de caso que documentaram as abordagens para processos de múltiplas partes interessadas, governança territorial e / ou de infraestrutura. Os estudos de caso em preparação são:

1) Aplicação da análise de atores sociais como ferramenta de empoderamento da comunidade na área binacional Brasil-Bolívia, com foco no aproveitamento hidrelétrico do Rio Madeira;
2) ) Envolvimento das partes interessadas no planejamento da rodovia “Marginal de la Selva” na Colômbia;
3) Acompanhamento do desenvolvimento da rede multissetorial da Aliança pelo Desenvolvimento Sustentável do Sul do Amazonas (governança territorial);

4) Desdobrando a colaboração institucional para a governança da infraestrutura na região de Loreto, Peru; e
5) Análise e engajamento das partes interessadas para o desenvolvimento de uma ferramenta de monitoramento para abordar os impactos sociais e ambientais da barragem de Belo Monte no Rio Xingu, Amazônia brasileira.

Linha do Tempo

Cronogramas históricos são uma forma de refletir sobre os fatores de mudança do sistema e dos processos de tomada de decisão, ajudando-nos a identificar quando ocorreram as principais mudanças nas políticas e quais foram os fatores críticos que os facilitaram ou limitaram. Apresentamos a linha do tempo regional do Alto Madeira aqui, indicando a escala em que os principais eventos ocorreram, os papéis dos diferentes atores em catalisar a mudança do sistema, o que foi enfatizado pelo grupo participante do workshop e Cobija, lacunas aparentes nas reflexões do workshop, lições principais e caminhos potenciais para trabalhos futuros. A síntese inter-regional de cronogramas pode ser encontrada aqui.

Amazônia Colombiana
Mosaico

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Alto Madeira
Mosaico

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Loreto
Mosaico

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Sul De Amazonas – Norte De Rondônia, Brasil

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Mapeamento (SIG-ESRI)

A ser publicado

A análise do Mapeamento Participativo (a ser publicado) avalia como os conjuntos de dados geoespaciais permitem a comparação e a compreensão de áreas de valor, preocupação e ações recomendadas dentro da Comunidade de Prática e Aprendizagem do GIA.

Coordenadores acadêmicos: Eben Broadbent, Angelica Almeyda Zambrano, Bette Loiselle e Andrea Birgit Chavez.
Estudantes, Pesquisadores e Co-líderes do GIA: Carla Mere, Eduardo Bongiolo, Felipe Gutierrez, Gabriel Cardoso Carrero, Marliz Arteaga, e Vanessa Luna-Celino.
O Grupo de Trabalho do GIA em Pesquisa Geoespacial e Mapeamento Participativo tem se reunido regularmente desde março de 2019 e tem desenvolvido um exercício de mapeamento participativo que foi implementado durante quatro workshop regionais nos mosaicos de Loreto-Peru, Sul da Amazônia / Norte de Rondônia - Brasil, Alto Madeira - Bolívia e Amazônia colombiana - Colômbia. O exercício serviu como uma abordagem de mapeamento interativo das partes interessadas para identificar a partir de uma perspectiva pessoal ou institucional (a) áreas de preocupação decorrentes de projetos de infraestrutura, com particular interesse para áreas dentro e ao redor de áreas protegidas, (b) áreas de valor caracterizadas por aspectos biofísicos, sociais, atributos culturais, econômicos e holísticos; (c) recomendações ou abordadas por cada instituição regional e parte interessada, bem como necessidades e / ou oportunidades identificadas. Um total de 117 partes interessadas participaram dessas oficinas, que incluíram representantes de governos, organizações sem fins lucrativos (ONGs), organizações de base, comunidades indígenas e tradicionais e universidades.
O grupo está trabalhando em um manuscrito acadêmico baseado nos exercícios do workshop. A análise emprega análise textual e espacial e mostra como o mapeamento participativo pode ser usado como uma ferramenta para visualizar e refletir sobre (1) áreas de valor, (2) áreas de interesse e (3) ações recomendadas no contexto de uma Comunidade de Prática e Aprendizado (CoP-A) que visa reduzir os impactos da infraestrutura e apoiar os processos de governança na Amazônia. O estudo lançará luz sobre os pontos fortes e fracos da abordagem de mapeamento participativo neste exercício e com implicações para infraestrutura e outros projetos de governança ambiental na Amazônia e em outros lugares. Acreditamos que, compartilhando dados baseados no conhecimento local e fortalecendo o diálogo e a colaboração entre vários atores, esta nova abordagem pode melhorar as práticas diárias dos membros da CoP-A e melhorar a transparência do planejamento de infraestrutura e boa governança.
Outras Atividades do Grupo
O grupo desenvolveu um workshop de capacitação de drones de 8 horas com duração de um dia, focado no monitoramento e avaliação da governança da infraestrutura na Amazônia em cada mosaico. O treinamento foi feito em três mosaicos (Loreto-Peru, Sul da Amazônia / Norte de Rondônia-Brasil e Alto Madeira-Bolívia) em 2019 e os participantes treinaram o uso de drones, desenvolvimento de planos de voo automatizados, análise pós-coleta de dados, com um foco em imagens e vídeos para monitoramento e governança.
Plataforma Interativa ArcGIS Online
Desenvolvemos uma plataforma de mapas interativos online ArcGIS que integra todos os dados obtidos durante os exercícios de mapas. Os mapas abaixo incluem cada característica geográfica (representada por arquivos de forma poligonal) desenhada por cada participante cuidadosamente digitalizada nas camadas de interesse e valor. Os resultados do exercício do mapa participativo são distinguidos por macrorregiões (mosaicos). Para facilitar a visualização no início, algumas camadas só ficam visíveis quando o mapa é carregado e quando selecionadas. Percorra as camadas e selecione as camadas que deseja ver abrindo a guia de camadas (segundo botão sob o nome do mapa). Algumas camadas adicionais estão disponíveis para comparação, como estradas, rios, desmatamento e outros. Você também pode abrir a guia de legenda (primeiro botão sob o nome do mapa). Para analisar o conteúdo, clique no mapa e explore cada arquivo de forma clicando nos pontos. Explore a plataforma de mapeamento interativa!

Representantes de diferentes setores e equipe do GIA durante um exercício de mapeamento participativo.

Baixar dados

Participatory-mapping-digitalization

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Mapeamento Participativo para Fortalecimento da Governança Ambiental nos Impactos Socioecológicos da Infraestrutura na Amazônia: Lições para Aprimorar Ferramentas e Estratégias

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Análise de Estudos de Caso com Resultados Mais Eficazes

Nossa avaliação preliminar de estratégias de conservação identificou vários casos promissores que oferecem oportunidades de análise e aprendizado. Esta pesquisa visa avaliar como o poder, mobilização política, colaboração e o contexto de governança influenciam a eficácia das estratégias de conservação para promover a governança da infraestrutura. Essa avaliação preliminar irá analisar comparativamente um caso emblemático em cada um dos quatro mosaicos, a seguir:

Análise Organizacional

Para refletir sobre os pontos fortes e fracos criados por questões novas e emergentes relacionadas a projetos de infraestrutura, o projeto GIA identificou um grupo de organizações de conservação focais que fomentam um amplo conjunto de relacionamentos e experiências nas quatro regiões amazônicas: Bolívia (Alto Madeira), Brasil (Rondônia e Amazonas), Colômbia (Caquetá) e Peru (Loreto), para realizar uma análise comparativa em termos de seus laços de colaboração e estratégias de conservação. Usamos a Análise de Redes Sociais para entender como essas organizações funcionam coletivamente, indo além do exame individual e reconhecendo o papel da ação coletiva e da colaboração em sistemas socioecológicos complexos.

Análise de Rede Social

Em breve.

"Relações de colaboração efetivas e desafios de infraestrutura"
Por Dra. Martha Rosero Peña

Dado o importante papel das organizações de base em estratégias eficazes de conservação, conforme identificado pela avaliação preliminar do GIA, iniciamos pesquisas para aprender as lições dos esforços colaborativos de governança ambiental realizados entre as comunidades locais, povos indígenas e ONGs no mosaico da Colômbia. Esta pesquisa busca compreender como fatores internos e externos, como cultura, estratégia organizacional, capacidade, fatores políticos e relações institucionais afetam as parcerias e as práticas que as organizações e os povos locais e indígenas têm usado para navegar na colaboração.

“Desafios de ser e atuar como ONGs na Amazônia”

Carol Jordão desenvolve pesquisa de doutorado com foco em ONGs Amazônicas, com foco em mecanismos de financiamento, estratégias organizacionais e construção de redes para enfrentar o desmatamento. Ela está examinando elementos culturais de ONGs na Amazônia brasileira, com foco em redes e alianças, processos de aprendizagem e adaptação e relacionamento com agências de financiamento; sua pesquisa inclui um estudo de caso da Rede de Capacitação da Amazônia (RECAM).

Pesquisa Relacionada

Os alunos da UF GIA estão realizando pesquisas relacionadas à governança de infraestrutura em todos os quatro mosaicos focais. Para obter mais informações, consulte a seção Pesquisa de alunos adicionais de cada página do mosaico em foco.